http://www.makepovertyhistory.org

domingo, janeiro 30, 2005

Marginal de Cascais



Para muitos, mesmo que curta, a deslocação em viatura própria tornou-se, por obrigação do tempo que nela passamos, por contingência da profissão, pela distância ao trabalho, o transito, o calor, os custos, etc, uma espécie de prisão que usamos a contra-gosto a maior parte do tempo. Eu sei porque para mim foi assim durante algum tempo.

Hoje saí mais cedo de uma formação que estou a fazer em Lisboa. Que em vez de acabar às 18h, nos libertou às 15:30h. E por haver muito sol no céu (embora estivesse frio, mas não muito), segui por caminho diferente para casa. Esqueci a A5 Lisboa /Cascais e vim pela Marginal. Aquela que, a exemplo da que há no Porto, se devia chamar Via Panorâmica. Devo acrescentar que me faço deslocar todos os dias num motociclo. Uma Yamaha Virago XV250 (uma pequena Chopper para quem percebe menos de marcas e modelos).

O caminho entre Cascais e Lisboa, de manhã, faz justiça à poesia que se criou ao Rio Tejo. Um espelho de prata que dá forças para todo o dia. Mesmo de comboio posso afirmar que é uma viagem que vale a deslocação e o preço do bilhete!

De Lisboa a Cascais aconselho o final da tarde. Talvez um café lá para o Guincho antes de se fazer noite! A ida para lá é outra descoberta! É o ir na direcção do Mar! O perder a cidade e ganhar o desprendimento. É a vontade de seguir em frente estrada fora. Para além das dunas e da Praia Grande. De mota o ar que se respira entra-nos directamente para o nariz, não é filtrado pelo tablier do carro.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Londonstation.com

Quem por cá passa já percebeu a minha paixão (porque se trata de sentidos) pela magnifica cidade de Londres. E, para mim, o longe é sempre "muito longe" quando de Londres se trata. É por isso que ao encontrar destas coisas na net vou ter sempre tendencia para as partilhar:

Passem pelo site Londonstation.com... as fotos foram tiradas a P&B e depois tratadas em Photoshop. O efeito é magnifico. E abre portas à minha imaginação para experimentar algo do género...

Obrigado Bruno.



Sempre o vermelho

Orgulho Poucas vezes tive a oportunidade de ver, e viver tão emotivamente, um jogo de futebol. (De boa memória o Portugal-Inglaterra... )

Ontem à noite, e após 3 horas de sofrimento, terminou aquele (que posso afirmar concerteza apoiado por muitas outras vozes) como o jogo do ano no nosso campeonato(zinho) português.

Não sei sinceramente quem 'merecia', em campo, ter ganho! Houve contudo grandes momentos de pura diversão no relvado da Luz. E para um jogo transmitido para o mundo (lusófono de certo, mas não só) passa claramente a mensagem do orgulho de se ser Português.

:. Benfica ou Sporting, a vitória foi de ambos! Vermelho ou verde. - As cores da nossa bandeira: uma boa parte Vermelha, um pouco menos Verde, e um bocadinho de azul lá para o meio da esfera...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

...o meu falecido psicologo

Hoje li algures: - "Como dizia o meu falecido psicologo!"...

e fiquei pensativo e procupado com o número de suicidios na classe 'Psi'...

LOL (nervoso)

terça-feira, janeiro 25, 2005

Ainda há bandas que valem 53€?

Independentemente das inclinações que fiz no meu processo de maturidade musical, há referências que traçam linhas diagonais nas minhas escolhas. Arriscaria dizer "nas escolhas de quem nasceu na década de 70".

Ao pensar no passado músical da geração de 60, que levaram forte com as referências pós-guerra, pós-repressão, pós-ressaca dos seus pais, nós 70's levamos com a descoberta das pressões sociais que daí sairam. Trocaram-nos as pressões sociais pelas 'apreensões' sociais, a guerra-fria, as lutas politicas, guerrilha urbana...

Estivemos nos 80's à mercê dos poucos que podiam fazer passar a palavra. Muita palavra oca e colorida, mas também alguns que sabiam fazer passar a palavra por debaixo da mecânica ilusória da MTV (ainda hoje!).

Bons habitos que daí sairam antes de termos de levar com o Hair Metal, com o Soft-Rock, com o Glam, com o Techno... A verdade é que ainda hoje poucas bandas, ou nomes, podem fazer valer o termo mais simples 'Rock'. Bandas que por vezes fugiam para um lado ou outro das electrónicas, da Pop, do Soul, do Experimental, mas que faziam-no (fazem-no) por serem mestres a utilizar os instrumentos musicais modernos. Em vez do baixo, bateria, guitarra e voz, hoje toca-se Marketing, Rádio, TV e Net.

Então pergunto-me. - Quem define o preço da barreira económica que nos distância das bandas? (Leia-se Bilhetes...) Os bilhetes mais baratos para os U2 custam 53€. Os mais baratos!?

Sim Sr., dão-nos as boas referências no passado, trazem a Lisboa uma das poucas bandas de 'Rock' pré/pós MTV e depois atiram-nos com preços completamente 'espanhois'. Durante a Elevation Tour paguei 70€ para ver a banda mas foi em Barcelona, a preços locais, e num pavilhão fechado. Algo que prometia/deu alguma intimidade com a banda. Não foi um concerto de estádio para uns largos millhares de pessoas como este agendado para o AlvaladeXXI...

Mas como eu já um dia disse a alguém:

"Há coisas caras e coisas que custam muito dinheiro..."

Para alguns 53€ é caro e não vão.
Para outros 53€ é muito dinheiro mas vão.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

XV250

Yamanha Pela primeira vez tenho o meu veículo a trabalhar que nem um relógio Suiço. Bateria, Pneu, afinações e substituições... Mas pelo menos tenho Chopper para mais uns tempos... Pode parecer palermice de pseudo-motard, mas senti-me mesmo contente em conseguir por o motor a trabalhar à primeira : )

Ok, esquecendo a pipa de massa que isto ficou : \

domingo, janeiro 23, 2005

Politicos Vs Cultura

Por vezes somos tão levados na maré que nem nos apercebemos das 'pequenas' flutuações que se desenrolam à nossa volta. Falo-vos desta opinião/constatação que parece ser bastante alarmante. Afinal de contas os partidos políticos esqueceram-se que nem toda a gente tem o dom de dominar a elequência ou a dialética que os caracteriza... E não quero com isto dizer que o nível de línguagem a utilizar em campanha deveria ser mais acessivel, mas que deveriam ser mais abrangentes no ambito das 'promessas': Cultura, ciência, lazer, também são aspectos relevantes. Quanto mais não seja num processo de melhoria da Auto-estima de um Povo.

Concordo consigo Sr.Albano matos

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Bébeu

Mathilda.

O meu Bébeu vai de férias durante uma semana...

Grande sortuda.

.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Confissão

Era o que queria!
Mas há nós na garganta que nos demovem...
da vontade de ir mais à frente.

...

.999

Thankz www.attacmadrid.org Não sei quanto a V.Exas. mas aquilo a que chamam "Barreira Psicológica" do preço da gasolina não me parece uma história bem contada...

É barreira psicológica para quem? - Para mim não é!
Perguntaram-vos alguma coisa na rua? Ou será que já estava decidido em comissão de gasolineiras que era necessário criar uma barreira psicológica para melhor manobrar o pobre consumidor? Foram os States? A OPEP? O Governo? A oposição? O Presidente?

Será que alguém respondeu: - Ah, a minha barreira psicológica é de 1€!

Ainda por cima o preço da G95 ficou a 0.999€. Alguém sabe ler isto?

Se alguem me perguntar na rua vou dizer que a minha barreira psicológica é 50c, para não parecer muito mal...


quarta-feira, janeiro 19, 2005

!..

Só quis ser Complemento!..

As palavras

Não é a poesia que movimenta este Blog, mas a temática dos sentidos.

Quis a imprevisibilidade que vos trouxesse, quase de seguida, dois poemas, dois poetas. Duas obras que admiro. Eugénio de Andrade faz 82 anos. E este é um poema que fala da poesia.



As palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

José Fontinhas A.K.A Eugénio de Andrade

terça-feira, janeiro 18, 2005

Baús

Por vezes procuramos no passado por coisas boas. Coisas para guardarmos religiosamente* e celebrarmos diáriamente um pedaço dessa euracistia solitária.

Por vezes o passado vem ter connosco. Sem o pedirmos. Sem o procurarmos. E muitas vezes sem o querermos encontrar, por sabermos o gume aguçado que traz com ele, e por sabermos que é capaz de deixar amargo onde havia doce.

Só por ser passado e futuro, por fazer parte de nós, é que toleramos ambas as ocorrências. Afinal é da nossa natureza lembrarmos e esquecermos! - Humanidade inata que nos passaram nos genes, sem se lembrarem do fardo que é não podermos usar da razão quando a coisas de memória nos remetemos.

Mas se por um lado é bom* encontrarmos coisas boas no meio de coisas cinzentas.
Por outro lado dilaçeram-nos as coisas más que se encontram quando o nosso coração se abre momentaneamente à luz, e se abandona a relembrar do passado dourado os pequenos sois que iluminaram dia-a-dia o correr dos anos.

(Desculpem o desabafo. Encontrei um SMS de 2002 em que me é invocado o Amor e a noção de Eternidade.)

* e a minha religião só vai tendo um nome
* enquanto nos debruçamos nos baús

Prospecção

Não são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela! Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar.
Poeta antes dos versos
E sede antes da fonte.
Puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.

Adolpho Rocha. A.K.A. Miguel Torga
(Recuperando o poema, 10 anos depois do seu falecimento...)

Rodin

Beijo Ontem o único canal de jeito do estado, a '2', apresentou um documentário sobre Rodin.

Em termos de obra, é espantosa a forma como alguém consegue dar tanta vida à uma pedra.
Mas mais interessante foi a fixação de Rodin n'o 'Beijo'. Porque o fez? Porque o fez tantas vezes? Quem são os modelos? Quem representam os modelos?


Recomenda-se alguma atenção ao homem, à obra, e à inspiração....


segunda-feira, janeiro 17, 2005

Tapete Vermelho



Hoje o meu Blorgh! teve visita Real... Estenda-se o tapete vermelho...

: *

Mecanismo da mente

É irónica a forma como a nossa cabeça funciona, que muitas vezes verbaliza o acto de diálogo de nós para nós. Perguntando e respondendo como se de uma conversa real se tratasse.

Outras vezes não! Outras vezes limita-se a olhar em frente, ao infinito e esquecer as palavras. Limita-se a sorrir - a mente compreeenda-se - sem necessidade de criar existência ou forma às ideias.

É nessa altura que não estamos sós! Estamos serenos, apaziguados na nossa essência, existindo somente. Estamos acompanhados por dentro e por fora, sabendo as verdades que regem a nossa vida. Sem medos da surpresa final. Como que enebriados. Sem necessidade do verbo. Vamos andando na Rua, a olhar para os lados. Parece que vamos sós mas não vamos!

Sós estamos quando criamos a dor do interlocutor imaginário! Quando criamos a ilusão de ouvirmos uma reposta para a nossa pergunta. Ou quando temos uma resposta para a dúvida que não é colocada.
Saber o Certo deixa de ser verdade. E atiramos para a frente uma intricada rede de pensamentos que se misturam e baralham, de um lado do cérebro para o outro. Furando, deslizando, encaixando-se uns nos outros à espera de fazerem sentido.
A palavra faz a ordem, como se polícia fosse . Conduzindo ideias uma às outras. Reduzindo a entropia deste caos imaginário (e não só).

É nessa altura que olhamos o chão enquanto andamos na rua. E não andamos sozinhos, mas acompanhados.

domingo, janeiro 16, 2005

Fui..

Tenho saudades de ser quem fui.
Duas letras no nome. Só duas.
Somente. E nada mais...

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ingmar Bergman - Saraband

Sempre tive um bocado de medo dos filmes de Ingmar Bergman. Primeiro porque a temática brinca sempre com medos inatos, com o espírito, e com a mente. Depois porque o mise-en-scène brinca com os nossos sentidos de uma forma agressiva (e ainda assim de uma simplicidade incríveis). Depois ainda porque, entre às personagens, a exposição dos sentimentos é quase completa, levando-nos a temer que aqueles sentimentos sejam retrato de nós mesmos.

Ainda assim Bergman tornou-se um Marco incontornável do cinema... Engraçado é que, como ícone que é, muita gente já o daria como falecido para o cinema moderno (se não até mesmo falecido!). Mas 22 anos passados o mestre levanta-se dos mortos para revelar "Saraband".

Sem mais motivos para ir ao Millenium Alvaláxia, o "Saraband" pode ser uma boa desculpa para aproximações àquelas imediações, é que Bergman exigiu a projecção em equipamentos "Digital HD" (o Ferrari dos equipamentos de cinema), recusando as transcrições de formato digital 35mm.

Para quem conhece a obra feita poderá rever as personagens de «Cenas da Vida Conjugal» 30 anos depois.

Peregrinação à Virgem

sunburst graphic

De forma a não perder tempo com a logistica, com as manifestações de apreço demasiado efusivas ou com a corrida às velinhas... A Peregrinação à Virgem começa a ser organizada com 6 meses de antecedência.

Deve ser para o pessoal ter tempo de juntar dinheiro. Só pode!

(Já agora quem vai abrir são os Within Temptation, se não souberem o que é aprendam)



quinta-feira, janeiro 13, 2005

Einfühlung

Empatia é o estado de alerta sobre o pensamento, os sentimentos, ou o estado de espírito das outras pessoas. Muitas das vezes transformado em verdadeiros barómetros de uma socialização bem conseguida.

Positiva ou negativamente falando consegue-se em determinados momentos aplicar a empatia para sorrirmos ou chorarmos juntos. E aqui entra o que de mais diferente cada indíviduo consegue ser de um outro: A Empatia é algo de inato, assim como por outro lado a Psicopatia (o inverso) também o é.

Individuo a individuo, relação a relação, vamos compondo a nossa matriz de comportamentos. Este pode ser facilitado, ou não, pela forma como decidimos por no terreno as nossas capacidades inatas. - Mas será mesmo? Não será esta uma afirmação perigosa? Afinal o que é inato é inato! A dificuldade passa então por adquirir ferramentas de gestão dessa capacidade.

Conjecturo que em situações de conflito alguém possa querer explodir impetuosamente de raiva, ou num ataque verborreico de grandes verdades, ou até num simples alerta à navegação, e não o faz... por empatia (por saber, por perceber, por sentir), podendo frustrar mudanças de rumo relacionais baseando-se apenas na permissa que os níveis de empatia são idênticos em todos os indivíduos. E que, portanto, meias palavras bastam.

Este é um erro de empatia! Por vezes seria bom que existisse um botão de On/Off na empatia.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

333

Já sei o que é um Ano-Luz : )

Abstracto:
É a medida padrão para a quantidade de tempo que leva a fazer-se Luz na nossa cabeça.

Concretizando:
- Agora percebo!
- Fez-se Luz!
- Já vejo tudo claramente!


Processo:
Normalmente é um processo neuronal que leva um ano a completar-se desde a génese até ao pragmatismo (inevitavelmente acompanhado de um ponto de exclamação).

ParicipaÇao de Resultados:
Ora feitas as contas.... 333 dias para a exclamação final.

terça-feira, janeiro 11, 2005

V:TM

Uma vez li que a projecção da própria imagem em esteriotipos melhorados, aumentados ou reconstruidos, conduzem a uma melhoria significativa da auto-estima. Logicamente salvaguardado excessos que se demonstrem socialmente.

Embora não tenha tido a possibilidade de aprofundar essa ferramenta de auto-estima durante muito tempo, considero que é uma verdadeira arma de construção de personalidade. Tal qual os bonecos GiJoe ou as Barbies permitem às crianças extrapolar emoções confinadas no íntimo, tambem algumas das brincadeiras e jogos que os adultos fazem buscam os mesmos objectivos.

Os resultados na verdade são muito mais manipulados, ou negociados... Nunca existe um verdadeiro vencedor e um verdadeiro vencido. O Bem tem sempre mal, e o Mal tem sempre Bem. Aqui fala-se de lutas de egos já construidos.

Mas faz bem à mesma. Recomenda-se. Um dia destes vou abrir um Blog só para estas coisas...



"What are we? The Damned childer of Caine? The grotesque lords of humanity? The pitiful wretches of eternal hell? We are vampires, and that is enough. I am vampire, and that is far more than enough. I am that which must be feared, worshipped and adored. The world is mine -- now and forever.

No one holds command over me. No man. No god. No prince.

What is a claim of age for ones who are immortal? What is a claim of power for ones who defy death? Call your damnable hunt. We shall see whom I drag screaming to hell with me."

segunda-feira, janeiro 10, 2005

I'm 'G' happy...



Maravilha.

Caiu-me um Giga da [Lua] : )

Resta saber o que fazer com isto tudo...

Psy...

What's the difference between a psychologist and a magician?
A psychologist pulls habits out of rats!

--o0o--

Welcome to the Psychiatric Hotline.
If you are obsessive-compulsive, please press 1 repeatedly.
If you are co-dependent, please ask someone to press 2.
If you have multiple personalities, please press 3, 4, 5, and 6.
If you are paranoid-delusional, we know who you are and what you want. Just stay on the line so we can trace the call.
If you are schizophrenic, listen carefully and a little voice will tell you which number to press.
If you are depressed, it doesn't matter which number you press. No one will answer.
If you are delusional and occasionally hallucinate, please be aware that the thing you are holding on the side of your head is alive and about to bite off your ear.

--o0o--

Quando a memória doí...

E quando queremos 'Peace Of Mind' a porra dos neurónio tratam de se amotinar contra a nossa própria vontade. Afinal nem donos de nós próprios somos.

Locais, fotografias, sensações que não me saem da cabeça hoje:
- Pousada da Ria de Aveiro, Nazaré, Castelo de Vide... Para quê?

Investimentos de futuro não garantido...
Fundos de risco...

Na verdade olho para trás e vejo um belo embrulho de Natal, olho para a frente e vejo uma caixa vazia. - Quando a própria memória doi, até recordar coisas boas provoca sofrimento. Ai!

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Solange



Conheçam a solange... vale a pena.

Answers.Com



A GuruNet já tinha experimentado atentar às nossas carteiras num motor de busca teóricamente melhor que o Gugas. Pelos vistos a coisa não pegou, e ainda bem.

Agora aparecem com uma coisa mais vistosa e pelos visto mais apelativa à mente instruida.

Já noutro post referi o Google.Scholar, posso tambem referir a nossa querida Wikipedia, ou outras ferramentas de referência, mas o novo site da GuruNet Answers.com pretende ajudar resumindo o resultado da nossa pesquisa num outfront agradável e intuitivo.

Começa com a entrada enciclopédica do termo, e depois disso um rol de tópicos de entradas em hiperlink nas quais o nosso termo faz sentido. Desta forma podemos continuar a usar botão direito do rato para fazer um drilldown na nossa pesquisa.

Tempo e trabalho reduzidos. Facilidade na pesquisa. E uma lista final de boas referências que parecem tornar esta ferramenta num bom complemento ao Gugas...

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Lírica

Nunca me considerei bom poeta. Pelo contrário sempre soube que não tinha jeito para a coisa. Mas aqui e ali urge a vontade de nos fazermos artistas.

A coisa parece mais fácil do que na realidade é. Há que tirar a cartola e baixar o torso em homenagem aqueles que o sabem fazer de uma forma notável.

(aqui vai...)

Ainda assim já dei os meus três ou quatro passos na aventura da lírica. Todos eles, diga-se a abono da verdade, resumem-se à prosa poetica... bem diferente do tão esperado soneto, ritmado, métrico, emparelhado, versicular.

Os resultados cumprem contúdo na razão de existirem. O espelhar a alma em palavras. O transmitir conceitos dificeis de expôr. O demonstrar lógicas ilógicas. O empunhar a arma pela palavra e ferir onde doi mais. Ou menos. E trazer para o lado de cá o que já foi, o que ainda é, ou o que será.

Quem nunca o fez que atire a primeira pedra...

Nunca fiz montra para a crítica aplaudir. Fi-lo sempre para o público restrito. Na verdade para duas pessoas apenas, e só uma delas é que era musa do texto. Ambos os leitores, femininos que nestas coisas há que velar por manter a entorpia moral, foram polos opostos na avaliação. A primeira, dado que já revelei o género, ainda guarda valor da mensagem... quer dizer, do processo por detrás da mensagem. O inicio causuistico e não o resultado literário (a bem da verdade). A segunda, tornou-se leitor silêncioso do descorrer verbal que me dei à liberdade. Se calhar demasiada liberdade. Se calhar a pungente realidade espelhada em tinta (virtual neste caso!) é arma de arremesso demasiado pesada.

(Na primeira pessoa agora)

Dou-te razão. Há coisas, como alguns paus, que têm dois gumes. Pelos vistos as palavras ferem... É a desvantagem de ser musa e censor ao mesmo tempo.

1755



Há 250 anos não havia SicNoticias, nem TVi, nem RTP para nos enfiarem pela goela as imagens silênciosas do terror que vêm da Ásia. Mas ocorreu-me a comparação visual do que ocorreu no nosso pequeno território em 1755! Fiz a minha própria pesquisa. E acreditem que o enquadramento pictórico que me assolou não deixa ficar atrás o drama que se vive do outro lado do mundo.

Atentem que morreram 60.000 pessoas no nosso país. A maior parte do que se poderia ver não seria só corpos afogados, mas trucidados e queimados: -Lisboa sofreu um tremor de terra que deitou abaixo 2/3 da cidade; O povo que fugiu dos incêndios que deflagraram procurou a salvação no Tejo, de onde veio o maremoto que levou água até proximo do actual Parque Eduardo VII. Lisboa ainda assim ardeu por 6 dias!

Hoje como disse temos a televisão, mas também os fundos de apoio estrangeiros, a AMI, a UNICEF, os States, a ON e a CE... Contas internacionais de facil acesso, aviões de ajuda humanitária, turismo, interesses fiscais, financeiros e de política externa.

Lisboa da altura não tinha isso tudo. Já vêm o mesmo quadro que eu?

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Google Escolástico




"Google Scholar enables you to search specifically for scholarly literature, including peer-reviewed papers, theses, books, preprints, abstracts and technical reports from all broad areas of research. Use Google Scholar to find articles from a wide variety of academic publishers, professional societies, preprint repositories and universities, as well as scholarly articles available across the web."

Ou seja:
- tralha
- pornografia
- publicidade (por enquanto)
- trabalho de filtragem
+ resultados direccionados para trabalhos

Mas não se deixem levar na onda que está tudo ali. Muitas das coisa que aparecem são referências a texto não disponiveis. Livros. Ensaios pagos. Etc. O que pode dar uma falsa noção de segurança quando pretendemos apresentar 'aquele trabalho' amanhã... mas é um principio.

Por outro lado os nossos amigos do Google vão metendo o bedelho em mais uma mina de informação... qq dia vão começar a cobrar. Mas a verdade é que por algum motivo estes meninos valem o que valem na praça!

Bem, vou Googlar ; )

Apreenção!

Como sempre se disse: "Estamos sempre a aprender"
Bem ou mal aprende-se sempre algo todos os dias.

Mas há coisa que realmente só se aprendem pelos sentidos. Que a razão até pode saber como negar, mas que não há dúvidas que são factos que temos perante nós.
É fácil perceber isso quando são sensações experimentadas. Conceitos trabalhados. Teorias provadas... Mas por vezes há coisas que nem a sonhar percebemos.

Tenho sido abordado por abstracionismos que atentam contra o meu entendimento! Esforço-me por ver mais longe do que a vista. Ouvir mais do que o ouvido. Sentir mais que os dedos... Mas ainda assim toda a minha razão diz-me que a realidade está deturpada.

Algo está muito errado no que vejo. Não percebo o que ouço: e perdi o controlo dos sentidos. Por vezes um ponto de referência é suficiente para sabermos se somos nós ou o comboio que está a andar! Mas não sei onde o procurar. Que fazer então senão aceitar que estou a viver num sitio estranho, numa hora estranha. (Onde está o coelho branco com o relógio?)

Se sei que não estou louco. E que me estou a tornar receptivo a esta nova realidade, o que chamar a este processo? - Se está a faltar o entendimento e interpretação só posso aceitar que não estou a aprender! Por enquanto estou a Apreender! É isso.

(E para quando a compreenção,para quando? sigh!)

terça-feira, janeiro 04, 2005

Já ouviram falar de fantasmas?



Fiquei de partilhar Londres convosco.
Por enquanto só um mapa. Mais virá.

Vou olhando para as ruas que já fazem parte da minha história.
Sempre pensei que ficasse pela passagem em ruas que não deixariam nome...
Belgrove Street. Definitivamente um nome. Um marco da minha história pessoal.

Hoje penso no que aconteceu por ali.. que significado terá? Que significado teve?
Que falhou num processo de catarse?
A verdade estava ali para ser absorvida. A abertura de portas para um novo principio.
Porque se fecharam?

Queria lá voltar, ali e a King's Cross. Esquecer e recomeçar.
Da proxima vez que lá estiver tenho a certeza que não estarei bem comigo mesmo.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Masoquismo-Reflexo

Por vezes o mais dificil é não fazermos planos.

Que raio de sensação de vazio esta. Quando sabemos qual a nossa posição relativa a todas as pessoas à nossa volta e ainda assim fazemos planos que ultrapassam a individualidade.

São muitos anos a pensar em comum. E agora que o comum se tornou pensar a dois, não há mais ninguém para pensar comigo.

...planear uma acção do dia-a-dia...
...programar um abraço que não vai existir...
...saudar um beijo que não vai chegar...
...projectar um passeio que não pode acontecer...

É dolorosa a sensação de vazio: O tempo disponivel para pensar. As coisas sem função à minha volta. O silêncio que envolve. O desejo de uma noite bem dormida. O calor de um corpo na nossa cama. Uma almofada vazia ao nosso lado. Uma frase solta no ar. Um pensamento furtivo a pensar que estas aqui. Ou que estarás..

Por vezes o mais dificil é não fazermos planos.

Mas insistimos em fazer planos. Planos de redenção. De reconstrução. De reformulação. De busca do nosso íntimo, em busca do que foi bom... E o bom fere. Porque as memórias são armadilhas de dor. Que nos prendem pelas lágrimas e nos arrastam para a noite escura. Em fios continuos de arrependimento.

Quem me dera não saber fazer planos de amor... e fechar-me definitivamente num casulo de luz.

domingo, janeiro 02, 2005

1/2 beijo e um beijo roubado

Foi um beijo furtivo. Daqueles que a mente não premedita a não ser quando já estamos como pé direito à frente.. Quando nos aproximamos de lado e de repente rodamos no calcanhar. Em frente para o tão desejado contacto. De frente para o inevitável que não queremos evitar.

E ponho as mão na tua cara, com medo que fujas, mas também para aproveitar o calor da tua face nas minhas mãos frias de nervos! Na verdade os meus lábios não existem. São só ferramenta de obsorção. Tirando-te as gotas do rio que foi o teu amor por mim..que ainda sinto no teu corpo.

Tive a presença de um desculpa. Antes de. Para te preparar para o que aí vinha. Deixando-te o espaço de fuga para longe de mim. Porque não foges? Por medo? Por pena? Por imperícia? Por saudade?

Fiquei ali. Com os meus lábios nos teus. Sofrego dos últimos dias. Ancioso pelo não fim. E lembrando que este teve o mesmo sabor de alegria que o primeiro meio-beijo que te dei às escuras no cinema.

Ambos são memórias agora. Tu chamas-lhe carinho. Eu chamo-lhe amor.