Do Principio para o fim..(..ou o principio do fim)
Eu vejo a vida em círculos. Grandes círculos. Pequenos círculos. Médios círculos. E que estes estão sempre em construção. Avançam, avançam no tempo e no espaço, nas (das) nossas vidas. E de repente Crank! fecham-se violentamente à nossa frente. Parece ser inexorável.
A certeza que sinto quando um deles se fecha... é a mudança. Para outro círculo talvez. Aquilo que alí estava a ser feito: a construção, o tempo dispendido na tarefa, os objectivos, o resultado visivel, acabou ali. As arestas que ficam por limar não existem: É um círculo! E o que foi feito ali está para ser contemplado. Bom ou mau.
Muitas das vezes fica a sensação que mais podia ser feito para tornar o círculo melhor, maior, mais brilhante, mais importante. Mas em que ponta pegamos do círculo? Onde o abrimos? Onde começa? Onde acaba?
Por vezes só sei quando fechou. E nem sempre me apercebo no momento, sinto apenas que se está a fechar, que algo está a mudar. Por vezes sei onde fechou. E isso só pode ser bom, mau ou indiferente. Mas na memória fica normalmente o muito mau e o muito bom!
Que fazer? Começa-se outro círculo?
- Eles começam sozinhos porque não sabemos andar para trás..
Mais virá. E guardamos em nós os círculos prefeitos, os grandes, os brilhantes, aqueles que sabemos onde começam e os que sabemos onde acabam. Esses são os que marcam.
Neste momento guardo um maravilhoso. Pesado. Lindo. Resplandecente. Que se fechou sobre mim com um estrondo tamanho... Que me atravessou o corpo com dor e me fez chorar. E que insiste em se mostrar constantemente na minha mente: todos os bocadinhos de si. Todos os passos da sua construção. Todos os momentos da sua textura. Todos os claros e escuros.
Este eu guardo.
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