Marginal de Cascais
Para muitos, mesmo que curta, a deslocação em viatura própria tornou-se, por obrigação do tempo que nela passamos, por contingência da profissão, pela distância ao trabalho, o transito, o calor, os custos, etc, uma espécie de prisão que usamos a contra-gosto a maior parte do tempo. Eu sei porque para mim foi assim durante algum tempo.
Hoje saí mais cedo de uma formação que estou a fazer em Lisboa. Que em vez de acabar às 18h, nos libertou às 15:30h. E por haver muito sol no céu (embora estivesse frio, mas não muito), segui por caminho diferente para casa. Esqueci a A5 Lisboa /Cascais e vim pela Marginal. Aquela que, a exemplo da que há no Porto, se devia chamar Via Panorâmica. Devo acrescentar que me faço deslocar todos os dias num motociclo. Uma Yamaha Virago XV250 (uma pequena Chopper para quem percebe menos de marcas e modelos).
O caminho entre Cascais e Lisboa, de manhã, faz justiça à poesia que se criou ao Rio Tejo. Um espelho de prata que dá forças para todo o dia. Mesmo de comboio posso afirmar que é uma viagem que vale a deslocação e o preço do bilhete!
De Lisboa a Cascais aconselho o final da tarde. Talvez um café lá para o Guincho antes de se fazer noite! A ida para lá é outra descoberta! É o ir na direcção do Mar! O perder a cidade e ganhar o desprendimento. É a vontade de seguir em frente estrada fora. Para além das dunas e da Praia Grande. De mota o ar que se respira entra-nos directamente para o nariz, não é filtrado pelo tablier do carro.
1 Comments:
Não é necessária dissertação...
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