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G8 perdoa dívida aos países mais pobres

Os países do G8 concordaram com a anulação imediata de dívidas no montante de 40 mil milhões de dólares relativas a 18 países pobres.

O ministro britânico das Finanças anunciou, no fim de uma reunião do Grupo dos 8 (G-8), a anulação imediata de dívidas no montante de 40 mil milhões de dólares relativas a 18 países pobres. Gordon Brown afirmou, em conferência de imprensa, que podia "confirmar que os ministros das Finanças do G-8 acordaram a anulação a cem por cento da dívida dos países pobres muito endividados" junto das principais instituições financeiras internacionais. A decisão refere-se às dívidas contraídas junto do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Estes 18 países são o Benim, Bolívia, Burkina Faso, Etiópia, Gana, Guiana, Honduras, Madagáscar, Mali, Mauritânia, Moçambique, Nicarágua, Níger, Ruanda, Senegal, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.

Um outro conjunto de nove países poderá juntar-se ao grupo inicial, dentro de 12 a 18 meses, na anulação da dívida multilateral, que totaliza 11 mil milhões de dólares. Há ainda um terceiro grupo, integrado por 11 países, com uma dívida total de quatro mil milhões de dólares, que também poderá beneficiar do perdão concedido hoje se preencher um determinado número de condições. No total, o acordo trata da anulação de dívidas no total de 55 mil milhões de dólares, a maior parte dos quais (44 mil milhões) devidos ao Banco Mundial.

O custo do não reembolso dos empréstimos perdoados é inteiramente suportado pelos países ricos, que entregarão contribuições ao Banco Mundial e ao BAD. O FMI deverá, por sua vez, contar com os seus próprios recursos para suportar estas anulações de créditos. O comunicado emitido no final da reunião do G-8 especifica que o custo deste perdão deverá ser "coberto pela utilização dos recursos existentes no FMI", o que não deverá enfraquecer a sua capacidade de financiamento.