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sexta-feira, agosto 12, 2005

Franjinhas


Eu era puto... muito puto... E qualquer heroi que aparecesse na televisão era HEROI com letra grande! Vejam lá que ainda hoje o Grandioso (e baixem a cabeça em sinal de homenagem sempre que referirem o seu nome) VASCO GRANJA é referência no mundo adulto. O desde então famoso KONIEK, que quer dizer 'Final' em polaco, faz agora aparição nos separadores da SicRadical ;)

Mas embora tenha piada andar por ai com os amigos a desfilar memórias de animações antigas: As Misteriosas Cidades do Ouro, o Conan, o Pequeno Cid, o Conde Patrácula, o Vento nos Salgueiros; A verdade é que essas memórias já são adulteradas pelas reposições da TV. A verdadeira Velha-Guarda fez-se da Escola V.G., da Heidi, do SuperRato, do Bananaman, do TopoGigio, da Abelha Maia, daqueles bonecos de plasticina que pareciam uma batatas coloridas!, e do Carroçel Mágico. Ok, e não seria justo não falar do Bichinho da Maçã... aquele portento da
animação Flower-Power e música psicadélica que quase nos fazia ter vontade de ver o TVRural ou o 70x7 (alguém percebe o porquê do nome?).

Mas o Carrocel Mágico com o Franjinhas e amigos... isso sim, o delirio da minha infância. A animação Stop-motion, que na altura não fazia diferença se era boa boa ou não, valia pelas aventuras simples e pedagógicas, que nos ensinavam a arte da amizade e da boa-vontade. Que
não tinha armas de fogo, porrada ou agressividade! E não eramos felizes também? Mesmo sem os PowerRanger ou as Tartarugas Ninja? Ou o Action Man? - Eu acho que sim!

Se calhar há que assumir que o Franjinhas tinha um defeito... era guloso! Mas entre ser agressivo e guloso prefiro ser mesmo guloso (e oh! como sou guloso...)

E as novidades, perguntam! Vão ao cinema, o Pollux está de regresso, um pouco alterado, mas está de regresso. Perdeu o brilho no pêlo, a flanela na lingua e os berlindes nos olhos e transformou-se em boneco 3D. Já não se mexe aos saltinhos e ganhou articulações ;) mas traz os amigos todos com ele.

Diz-se que pretende levar as gerações ao cinema. Unir pais e filhos. Se fosse pai acreditem que ia na cantiga... sim que nestas coisas de revivalismos sou apologista das boas influências.

Arrisquem. Talvez me encontrem no cinema a matar saudades. Ou a relembrar boas lições ; )