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segunda-feira, outubro 02, 2006

Mário Laginha Trio

O Mário Laginha tem andado a trabalhar uma área musical rica em detalhes da Clássica. O seu último disco (primeiro a solo) é disso exemplo. E a influência desta no seu Jazz é cada vez mais evidente. Mesmo acompanhado em trio (e oh que trio!) as fugas continuam bem visíveis. Mas note-se que não estragam nada o resultado final.

Esta tendência de meter muitas notas lá para o meio (desculpem-me a simplicidade de análise) faz-me lembrar a espaços, e com um gostinho nacional é claro, um amigo de longa data e de boa memória: o grande Keith Jarrett. Sim, já sei que me vão dar na cabeça (ou então não, porque este Blog é só mirones mesmo!...) mas o formato de Jazz que ouvi na passada quinta-feira no Auditório Ruy de Carvalho, circula entre o ambiente dos Standards Vol1 & Vol2, ou/e o Melody at Night with you.

Com a virtuosa companhia do Bernardo Moreira no Baixo e do Alex Frazão na Bateria, o chamado Mário Laginha Trio vinga pela cumplicidade que como amigos eles trazem para o palco. Mas é também ai mesmo que pecam... o facto de tão bem se conhecerem não deixa espaço a que ‘transpirem’ a novidade, a inocência, a beleza que ao fim e ao cabo o jazz transporta ao público. E o Trio roubou-nos isso!

Mas deu-nos muito mais.

Agradecimentos à CMOeiras pelo festival(zito) de Jazz, que espero que continue a crescer em dimensão (mas não no preço)

NR: O Frazão rouba qualquer espectáculo!

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